Na última sexta-feira, o presidente do Supremo Tribunal Federal, o Dias Toffoli, pediu que a procuradora-geral da República, a Raquel Dodge, o ministro da Economia, Paulo Guedes, e o secretário da Receita, Marcos Cintra, apurem um “eventual ilícito” cometido por auditores da Receita Federal em relação a uma investigação fiscal envolvendo o ministro Gilmar Mendes e sua mulher, Guiomar Feitosa Mendes.
Em primeiro lugar, é importante destacar que sim, a mulher do Gilmar se chama Guiomar. Em segundo lugar, ele não pediu para que se apure a denúncia contra o ministro. Ele pediu que se investigue se os auditores da Receita Federal cometeram algum crime ao indicarem que o ministro Gilmar pode ter feito alguma safadeza.
E é claro que o Dias Toffoli está atendendo um pedido do próprio Gilmar Mendes.
Essa polêmica toda veio depois que a Equipe Especial de Fraudes da Receita Federal apontou indícios de que o ministro e sua mulher de nome estranho estavam cometendo crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência. E principalmente pelo fato de que essa investigação vazou para a imprensa. Mas é assim que a banda toca, não é?
Até aí eu nem liguei. Eles são aDEvogados, como diz meu pai. Tem bicho mais terrível nesse mundo que advogados, com todo respeito aos meus amigos formados? Acho que não.
Mas a minha indignação sobre tudo isso veio depois que eu li uma matéria do jornalista e colunista no jornal Folha de S.Paulo e da RedeTV, Reinaldo Azevedo. Ele deu uma de Xeroque Romes e afirmou que existe motivação política por trás do vazamento da investigação da Receita Federal contra o Gilmar Mendes.
Sério mesmo, Reinaldo? Você estava numa caverna nos últimos anos? Eu não consigo acreditar que alguma coisa ligada a um ministro do STF tem inclinação política.
Aí ele conclui dizendo que o criminoso que vazou a informação foi bem-sucedido e que o serviço sujo está feito. As reputações do ministro e de sua mulher estão sendo mastigadas na boca de canalhas e idiotas.
Deixa eu te contar um segredo, Reinaldo. Talvez o Gilmar Mendes e sua mulher de nome horroroso tenham alguma reputação dentro do STF, que possa ser manchada. Mas, fora dos tribunais, o sobrenome Mendes está mais sujo que pau de galinheiro. O próprio ministro com sua cara de vilão de histórias em quadrinhos já é um pária há muito tempo. Ele nem precisa de uma acusação de corrupção para isso, porque não existe pessoa em sã consciência no Brasil que duvide do fato de que tudo o que ele faz é movido por interesses pessoais.
E eu nem vou entrar no mérito de que um cara que usa terno azul-bebê em rede nacional chamou metade da população do Brasil de canalha e idiota. Como se a culpa fosse nossa pela safadeza dos ministros do STF. Não quer ser acusado de nada errado? Não faça nada errado. Simples assim.
É claro que não cabe a mim dizer se o ministro é ou não corrupto, embora, como bom brasileiro, eu esteja inclinado a achar que, se está envolvido com política, é bandido e ponto final.
Mas o fato é que, até agora, o Gilmar Mendes já soltou dezenas de investigados pela Lava Jato. Figuras do folclore brasileiro, como Anthony Garotinho, Jacob Barata Filho e a esposa de Sérgio Cabral, Adriana Ancelmo. E tem também o Beto Richa. Eu sou do Paraná e tenho um lista de coisas para dizer sobre esse nobre político que você não gostaria de ouvir essa hora da manhã, então… Deixa pra lá.
Enfim… Sabe o que vai acontecer? Nada. Você conhece algum ministro do STF que já foi preso? As acusações vão provar que foi tudo um mal entendido. E deve ser mesmo. Errado estou eu, achando que adianta reclamar de um cara como o Gilmar Mendes.
Afinal de contas, quando as raposas são donas do galinheiro… Você já sabe o que acontece, né meu amigo?
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