Tudo começa com a liberdade de expressão. E caso você não saiba, liberdade de expressão é a garantia de que você pode dizer o que quiser, por mais idiota que isso possa parecer para as outras pessoas. E você não deve ser julgado por isso. Ou, pelo menos, não deveria.

Os movimentos progressistas de esquerda foram os primeiros a defender a liberdade de expressão, muitos anos atrás. Na época, uma máxima foi cunhada. Eles diziam:

Eu posso não concordar com o que você diz, mas vou lutar até a morte para garantir o seu direito de falar.

A frase é linda. Mas a vida real é bem diferente. Mesmo assim, vou me vestir da liberdade de expressão para dizer o que eu tenho para dizer. E você escolhe se quer me julgar ou se vai respeitar o que eu tenho a dizer.

E eu digo isso porque dentro dos ciclos dos intelectualóides que eclodem, principalmente nas universidades públicas, a máxima é bem diferente:

Se eu não concordo com você, então você não deveria abrir a sua boca.

E é bem assim que a banda toca no meio dos socialistas de iPhone. No meio daqueles palyboys que fingem defender o direto dos pobres oprimidos pela sociedade.

Se você for branco, experimente dizer para um destes intelectuais que nunca praticou algum ato racismo contra um negro. Ele não vai acreditar. Por que, para eles, todo branco é racista. Todo homem é machista. Todo hétero é homofóbico.

E se você é como eu, homem, branco e hétero, você é a representação do mal no mundo. Não importa o que você diga. Você está errado.

Nesse momento, estou me vestindo da liberdade de expressão para dizer que isso é uma grande besteira. O racismo não vai acabar enquanto os movimentos sociais insistirem em dividir as pessoas em grupos. Enquanto houverem cotas raciais que dizem abertamente que os negros não são capazes de chegar no mesmo lugar que os brancos sem a ajuda do governo. Enquanto os movimentos feministas pintarem as mulheres como seres frágeis que precisam de leis especiais para se igualarem aos homens. Enquanto os movimentos LGBTQ insistirem em reforçar as diferenças entre os sexos e não as semelhanças.

Você pode dizer que esse é o típico papo de branco, cis gênero que nunca teve uma dificuldade sequer. Ou então que eu não posso falar de machismo porque sou homem. Nem de negros porque sou branco. Nem de gays, porque sou hétero. Mas esse discurso faz de você o sensor.

Movimentos sociais se alimentam de problemas sociais. Se esses problemas acabassem do dia para a noite, milhares de coletivos e ongs que vivem de “defender” o direito dos negros, das mulheres e dos gays acabariam também. A mamata ia acabar. O dinheiro que o governo manda para fingir que está criando condições de igualdade também acabaria. Então, estas pessoas são as menos interessadas na paz.

Se você é mulher, gay ou negro, tome muito cuidado com os lobos. Eles estão aí, fazendo você acreditar que é diferente. Que é melhor ou pior só por possuir essas características. E você não é. Nunca foi. E nunca vai ser.

Tome cuidado com aqueles que se mostram como protetores da sua liberdade. Tome cuidado com os políticos que só vivem para causar discórdia. E, acima de tudo, tome cuidado com aqueles que querem obrigar toda a sociedade a viver abaixo de suas rédeas. Por que o Brasil está como está por causa deles.

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Sobre o Autor

Matheus Prado
Matheus Prado

Matheus é jornalista, escritor e cineasta. Acredita que a vida é um oceano profundo e que devemos nos aventurar muito além da superfície.