Essa é umas das dúvidas mais recorrentes quando se começa a escrever um livro. E não são apenas os novatos que se veem empacados perante a incerteza sobre a melhor forma de escrever. Escritores experientes e renomados muitas vezes se veem neste impasse. Vamos analisar as opções.

Primeira pessoa: Eu | Nós

  • É quando o narrador participa ativamente dos fatos narrados, mas isso não quer dizer que ele seja o protagonista da narração. Uma história escrita em primeira pessoa pode ser muito eficiente se seu objetivo do autor é conectar intimamente o leitor com o personagem. É muito utilizada em contos que descrevem a vida inteira de um personagem, como biografias, ou então passagem extremamente dramáticas da vida do mesmo, como diários de guerras. Ela faz com que o leitor sofra e se emocione junto com o personagem durante a sua trajetória, pois o insere dentro de seus pensamentos. O leitor tem a impressão de que está sentado diante do autor e que ele está literalmente contando a história.

Terceira Pessoa: Ele | Eles | Ela | Elas

  • É quando o narrador trabalha unicamente como um observador da história. Como alguém que presenciou os fatos, mas que não se apresenta e não faz diferença que você saiba quem ele é. Esta é a opção mais utilizada na literatura, de uma forma geral, pois possibilita ao escritor um controle maior sobre o texto. Funciona muito bem em qualquer tipo de narração e oferece uma visão mais completa de tudo o que está acontecendo. Se alguma cena com muita importância para o desfecho da história se passar muito longe dos principais personagens, o surgimento do vilão, por exemplo, o autor teria problemas ao narrar isso em primeira pessoa. Já na terceira pessoa, seria como escrever qualquer outra cena.

Apresentadas as opções, resta dizer que não existe uma opção melhor do que a outra. Cabe a você analisar atentamente a sua história e escolher qual a melhor forma de apresenta-la ao mundo. Tome como guia o fato de que a narração em primeira pessoa pode ser útil em histórias que se focam nos sentimentos do personagem. Em contos de mistério e terror, deixa o leitor tão intrigado quanto o protagonista, já que ambos não sabem o que vai acontecer a seguir. A narração em terceira pessoa pode ser melhor aproveitada em histórias maiores e mais complexas, que envolvam um número maior de núcleos de personagens.


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Sobre o Autor

Matheus Prado
Matheus Prado

Matheus é jornalista, escritor e cineasta. Acredita que a vida é um oceano profundo e que devemos nos aventurar muito além da superfície.