Eu vi uma foto ontem que me chamou bastante a atenção. Era a imagem de um candidato que estará na disputa ao segundo turno a presidência, mas ela havia sido alterada. Ele tinha chifres e um bigodinho bem ridículo inspirado não em Charlie Chaplin, mas em Adolf Hitler. Abaixo da imagem, os dizeres: não vote no fascista.
Isso me inspirou a falar com você sobre um tema bem interessante: fascismo.
É porque tem muita gente falando besteira por aí sobre o fascismo. Claro que eu sei que você é culto e não cai nessas besteiras, mas não custa nada perguntar, não é?
Você sabe o que fascismo? Você consegue identificar uma pessoa fascista? Eu sei que você já deve ter acusado muita gente disso enquanto participava de alguma manifestação política, mas você consegue, de fato, definir como um governo fascista se comporta?
Como uma pessoa bem estudada, é óbvio que você sabe que o fascismo é movimento político extremamente radical que surgiu na Itália e que ganhou destaque no início do século XX na Europa. E aí vem o primeiro erro: Adolf Hitler nunca foi fascista. O ícone do fascismo foi Benito Mussolini. Mas eu entendo a confusão porque fascismo e nazismo são bem parecidos e possuem uma semelhança primordial: ambos têm como base o… socialismo. Exatamente!
Então, queira você ou não, apesar do ufanismo, apesar do nacionalismo, o nazismo e o fascismo estão muito mais próximos dos movimentos de esquerda do que de qualquer outros.
Mas, hoje não vamos falar de nazismo. Vamos falar de fascismo.
O fascismo surgiu sendo influenciados pelo principalmente pelos movimentos sindicais, na época da Primeira Guerra Mundial. Ele era uma mistura de ideias de direita com esquerda. Era oposição ao socialismo e ao comunismo, mas também era contra a democracia liberal e conservadorismo tradicional.
O fascismo pregava o totalitarismo. O controle absoluto do estado sobre todas as áreas da vida das pessoas. Tudo, absolutamente tudo que o cidadão quisesse fazer exigia uma aprovação dos órgãos governamentais. Era a mais clara expressão do estado gigantesco pregado pelos… Adivinhe só: governos de esquerda!
Para manter a farsa da paz, o fascismo controlava pesadamente os meios de comunicação. Esse controle era exercido diretamente pelo governo e a mídia sofria regulação direta e indireta. A censura a ideias contrárias ao regime era comum.
O regime militar fazia isso há trinta anos, né? Sabe quem faz até hoje? Os regimes de esquerda pelo mundo a fora. China, Coreia do Norte, Rússia…
O principal destaque do fascismo é que a todo o regime é centrado na figura de um ditador. Uma pessoa considerada a cabeça de tudo. Alguém que deve ser amado acima de todas as coisas, em qualquer circunstância e que nunca está errado. Alguém que não pode ser contrariado.
Quais regimes mundiais se focam na figura do líder mais do que tudo? Vou citar alguns aqui e você me diz o que acha: Coreia do Norte, Rússia, Venezuela, Arábia Saudita, Síria…
E nós podemos fazer até mesmo um paralelo com o Brasil. E vou fazer o meu, e você decide se eu estou certo ou se sou maluco. Quem é o líder político seguido e amado independente dos seus defeitos, independente das porcarias que diz, independente dos processos que carrega, independente das ofensas que propaga, independente do mal que ele causa?
Você pensou em um cara, né? Mas pense um pouco mais. Faltou um detalhe.
Quem é o líder que é seguido mesmo sendo um criminoso declarado pela justiça, mesmo ofendendo gays e lésbicas em vídeo e áudios disponíveis pela internet. E, acima de tudo, mesmo estando preso?
E adivinha quem esse líder está apoiando na eleição? Só uma dica: não é o cara da imagem que eu recebi.
Se as coisas não mudaram para você, mesmo depois de tudo isso, talvez seja a hora de passar na fila de calibragem do cérebro mais uma vez. E talvez seja hora de deixar o whatsapp de lado e começar a frequentar bibliotecas e museus… Antes que eles virem cinzas nas mãos de um tal de partido da liberdade…
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